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O que é Zero-Day e por que ataques assim deixam até gigantes de tecnologia vulneráveis

Zero-Day é uma vulnerabilidade de software desconhecida do fabricante que, quando descoberta e explorada por hackers, permite ataques antes que seja criada uma correção. Ou seja, trata-se de uma brecha no sistema que nem mesmo os desenvolvedores sabem que existe—até que criminosos a aproveitem, deixando até empresas gigantes tecnológicas expostas. O nome vem do fato de o time responsável pelo software ter “zero dias” para se defender ou remediar após o ataque inicial.

Essas falhas são as queridinhas dos hackers interessados em invadir sistemas, roubar dados confidenciais ou até mesmo sabotar grandes operações digitais, já que pegam todos de surpresa. Quando se fala em tecnologia, essa é a principal fonte de pesadelos de empresas e usuários, pois não importa o tamanho das proteções: se ninguém sabia da falha, não havia como pará-la. Os ataques Zero-Day não escolhem vítimas: impactam desde aquela empresa startup recém-nascida até colossos como Google, Microsoft e Apple — e muitas vezes são revelados após prejuízos astronômicos ou megavazamentos de dados.

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Por que ataques Zero-Day preocupam até as big techs?

Quem acha que só “empresa pequena” sofre com ataques digitais vai se surpreender: nem as maiores e mais bem preparadas multinacionais estão imunes ao que é Zero-Day. Isso porque tais brechas muitas vezes são descobertas e exploradas por cibercriminosos sofisticados—ou mesmo pesquisadores éticos, antes da solução.

A cada novo software lançado, há a chance de uma nova vulnerabilidade estar lá, camuflada entre milhares de linhas de código. Se ela for identificada por alguém mal-intencionado antes do fabricante, está feito: nasce um Zero-Day. Casos famosos envolvem desde ransomwares que sequestram arquivos de grandes instituições até espionagem em massa.

O que é Zero-Day

Como funcionam os ataques Zero-Day? Entenda o ciclo

Descoberta silenciosa

Tudo começa quando alguém identifica um bug ou vulnerabilidade crítica que ainda não foi notada pelo time de desenvolvimento ou segurança. Muitas vezes, quem encontra a falha escolhe vender essa informação no mercado negro digital—o famigerado underground hacker—onde Zero-Days valem ouro, literalmente.

Exploração rápida

Com a falha desconhecida em mãos, o atacante desenvolve um código malicioso (um exploit) para invadir sistemas específicos. O impacto é devastador: pode envolver roubo de dados pessoais, indução de falhas sistêmicas, instalação de ransomware e até controle remoto de dispositivos.

  • Zero-Day Exploit: O código que explora a vulnerabilidade desconhecida;
  • Zero-Day Attack: O ataque em si, tirando proveito do exploit antes que haja defesa.

Divulgação e corrida por patches

Quando o ataque se torna público — seja pela mídia, por vazamentos ou por pesquisadores de segurança — o fabricante entra em modo de emergência. A missão: lançar um patch de correção no menor tempo possível, antes que a brecha se espalhe.

Exemplos clássicos e a relação com smartphones

Entre os eventos que marcaram história, o ataque Zero-Day no sistema operacional Windows (WannaCry, em 2017) ficou famoso por usar um exploit desconhecido, sequestrar arquivos e paralisar hospitais, empresas e serviços públicos ao redor do mundo.

No universo mobile, o Android e o iOS já foram alvos de Zero-Days responsáveis até por espionagem de líderes mundiais. O Pegasus, spyware vendido para governos, aproveitou falhas zero-day para entrar em celulares de jornalistas e políticos—tudo sem que as vítimas percebessem.

Navegadores, apps de mensagem, e até simples leitor de PDF podem esconder brechas desse tipo. O perigo é real e pode morar aí, no seu dispositivo do dia a dia.

Sinais de que um Zero-Day pode estar em ação

  • Atividade estranha no seu smartphone, mesmo quando não está em uso (bateria acaba rápido sem explicação);
  • Aplicativos fechando sozinhos ou travando sem motivo aparente;
  • Pop-ups ou mensagens suspeitas vindas de fontes confiáveis (sim, pode ser um ataque por WhatsApp ou app de banco);
  • Relatos na imprensa ou fóruns (Reddit, X/Twitter) sobre falha grave afetando determinado sistema ou dispositivo.

Por que Zero-Day é considerado “a Ferrari” dos hackers?

Zero-Days são cobiçados principalmente porque oferecem a chance de atacar primeiro, sem que haja defesa pronta. No submundo hacker, eles são vendidos a peso de ouro —um Zero-Day para iOS pode chegar a valer milhões de dólares! Empresas de segurança e governos mantêm equipes caçadoras de Zero-Days, trabalhando quase como detetives digitais.

  • Mercado negro e venda: Exploits zero-day circulam em fóruns privados e mercados ocultos, sendo leiloados para criminosos, governos ou empresas de segurança;
  • Grupos de “bug bounty”: Empresas oferecem recompensas oficiais para quem relatar Zero-Days antes dos hackers do mal. O Google Chrome, por exemplo, já pagou centenas de milhares de dólares em prêmios nestes programas;
  • Exploradores éticos: Muitos especialistas dedicam a vida à “caça aos Zero-Day”, reportando falhas para proteger bilhões de pessoas;
  • Ataques direcionados: Zero-Day não é sempre global. Às vezes, serve para ameaças pontuais — espionagem industrial, invasão de ativistas, ou sabotagem política.

Como se proteger de Zero-Day: dicas práticas para qualquer usuário

Atualize sempre!

Parece repetitivo, mas é vital: mantenha sistema operacional, aplicativos e até firmware dos seus dispositivos sempre atualizados. Muitas atualizações trazem correções de vulnerabilidades recém-descobertas.

Desconfie do improvável

Pareou um novo dispositivo no Bluetooth? Recebeu um anexo estranho no e-mail? Evite instalar apps de fontes não oficiais e, sempre que possível, ative verificações extras de segurança.

Tenha backups recorrentes

Armazenar cópias automáticas dos seus dados—em nuvem ou em outros aparelhos—-minimiza prejuízos mesmo se um ataque Zero-Day ocorrer.

  • Ative duplo fator de autenticação em todos serviços possíveis;
  • Utilize senhas fortes e jamais repita combinações óbvias;
  • Use antivírus confiáveis e monitore relatórios de segurança do próprio sistema;
  • Desconfie de links, anexos e atualizações não solicitadas;
  • Fique de olho em notícias de tecnologia: a informação é sua melhor defesa!

Zero-Day: um alerta vivo no mundo conectado

À medida que tudo se digitaliza — de celulares e geladeiras até fechaduras inteligentes — o que é Zero-Day se torna ainda mais relevante, pois todo novo lançamento pode esconder armadilhas invisíveis. Não é apenas um tema para nerds de TI: o conceito afeta a rotina e a segurança de todo mundo que depende de dispositivos conectados.

Atalhos e rapidez são marcas registradas dos ataques Zero-Day, mas você não precisa entrar em pânico. Conhecimento e prevenção aumentam muito suas chances de manter dados e aparelhos seguros. Curtiu descobrir mais sobre esse intrigante universo? Então continue navegando pelo EspecialistaTech e fique sempre um passo à frente das ameaças digitais!